segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

MANÉ BERADEIRO LEMBRA CÂMARA CASCUDO NA BOEMIA

Câmara Cascudo, o maior dos escritores do Rio Grande do Norte, se vivo fosse completaria nesta segunda-feira, dia 30 de dezembro 115 anos. A data não passará sem lembranças, graças ao Instituto Ludovicus - Câmara Cascudo, que funciona na casa onde viveu o escritor. A cerimônia será às 17 hs, com apresentação cultural, lançamento de cordel e palestra. Quero  na qualidade de garimpeiro de causos lembrar, aos leitores, alguns momentos hilários na vida deste homem.
Foi ele quem disse: " Não se assombre, em Natal eu sou o único pecador profissional. Os outros são amadores." e tomando como base esta afirmação, recorro ao escritor Gildson Oliveira, autor do livro "Câmara Cascudo - Um homem chamado Brasil",onde ele narra na página 250 o seguinte :
"O lado boêmio de Cascudo às vezes incomodava dona Dahlia, sua esposa,  não perdia a oportunidade para meter "bronca", como revela a filha jornalista Anna Maria Cascudo Barreto. Ela tinha seis anos de idade quando assistiu a um pequeno desentendimento do casal. Estava de camisola, com as tradicionais tranças compridas que desciam até as costas. Lembra que ouviu a mãe e o pai brigando, ela falando alto, o que não era comum na convivência do casal. "Mamãe nunca perdia alterava a voz, mas um dia explodiu de raiva:
-Luís, recebi um telefonema. Uma pessoa me contou que você estava na pensão de Maria Boa.
Segundo Anna, o pai, teatral e imediatamente, se ajoelhou no chão, juntou as mãos e disse:
-Que isso Dahlia! A única mulher do mundo pra mim é você! Só amo você, nunca lhe fui infiel!
Dona Dahlia insistiu e perguntou:
-E como se explica você estar em casa de 'mulheres de vida fácil'?
-Eu estava comendo um galeto, o melhor que se vende em Natal, e conversando com os amigos. Nem observei se tinha mulheres lá. E tinha? .... Eu quero, se eu tiver sido infiel a você alguma vez, que esse  teto caia sobre minha cabeça.
"Eu passei a noite todinha acordada, olhando para o telhado, com medo que ele desabasse ali, como forma de castigo contra a mentira que eu estava ouvindo de papai. Afinal, levei a coisa literalmente..."


domingo, 29 de dezembro de 2013

FELIZ ANO NOVO A TODOS OS MEUS LEITORES

Aos leitores e visitantes deste blog desejo um final de ano maravilhoso e que próximo ano seja repleto de paz, saúde e cultura. Estou aproveitando as férias para ler mais e produzir textos para os meus personagens.Em janeiro retornaremos às postagens, trazendo sempre comentário de leitura, humor, citações, notícias, efemérides, etc. Estaremos caminhando na construção do quinto ano deste blog. Feliz Ano Novo!

Francisco Martins
Mané Beradeiro
Leiturino

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

COMENTANDO MINHAS LEITURAS

Nos dias 21 e 22 de dezembro li o livro de contos de Manoel Marques Filho que tem como título "Nos contornos do Rio Potengi".  Nele, Manoel Marques mostra seu potencial de escritor, inventando estórias que nos levam  com ele e seus personagens  a viver os acontecimentos que se concretizam às margens do Rio Potengi. É um livro digno de ser trabalhado em sala de aula, envolvendo os jovens neste gênero dos contos e dando-lhes oportunidades de também refletirem sobre a vida que acontece em seu bairro ou nos contornos da sua casa.  O livro foi publicado pela editora Bagaço Recife-PE), em 2013, e tem como prefácio o último texto do escritor Bartolomeu Correia de Melo.

domingo, 22 de dezembro de 2013

LEMBRANDO O INESQUECÍVEL CASCUDO

Recebi o convite e irei com muita alegria participar desta celebração a um dos maiores homens do Rio Grande do Norte e do Brasil, Luís da Câmara Cascudo.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO - HISTÓRIA DE BÊBADO

Deixe eu contar para você a história de um bêbado, ou melhor, vou deixar que ele mesmo narre. Leia o texto e  entenda se for capaz:
"Fui à Água Doce Cachaçaria e tomei uma cachaça da boa, mas tão boa que resolvi levar dez garrafas para casa, mas Dona Patroa me obrigou a jogar tudo fora.
Peguei a primeira garrafa, bebi um copo e joguei o resto na pia.
Peguei a segunda garrafa, bebi outro copo e joguei o resto na pia.
Peguei a terceira garrafa, bebi o resto e joguei o copo na pia.
Peguei a quarta garrafa, bebi na pia e joguei o resto no copo.
Peguei o quinto copo, joguei a rolha na pia e bebi a garrafa.
Peguei a sexta pia, bebi a garrafa e joguei o copo no resto.
A sétima garrafa eu peguei no resto e bebi a pia.
Peguei no copo, bebi no resto e joguei na garrafa e bebi o resto.
O décimo copo, eu peguei a garrafa no resto e me joguei na pia.
Não me lembro do que fiz com a patroa!"

Em tempo: a parte itálica não é de minha autoria.

PORTA-CHAVES COM DITADOS POPULARES E VERSOS BÍBLICOS



Uma sugestão para lembrança de amigo secreto neste Natal. Preço unitário R$ 10,00. Pedidos pelo e-mail maneberadeiro1@hotmail.com ou pelo telefone (84) 8719 4534.

UM OLHAR DIFERENTE

A Beleza do Pico do Cabugi, antes de chegar a Lages-RN. A foto foi tirada por volta das 4:30hs.

sábado, 14 de dezembro de 2013

DOCE DE JAMBO


Ingredientes:

Jambos, lavados e fatiados ( 10 unidades)
1/2 quilo de açúcar
raspas de limão

Modo de fazer:

Numa panela ponha os jambos fatiados,  derrame o açúcar e deixe descansar por aproximadamente uns 20 minutos. Depois leve ao fogo brando, mexendo sempre. Quando estiver perto de atingir o ponto de calda, acrescente as raspas do limão e continue mexendo. Baixe o fogo e deixe atingir o ponto de calda. Desligue o fogo e ponha em refratários de vidro. Sirva com creme de leite e lascas de queijos.


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

UM ROMANCE QUASE CINQUENTÃO

Quarenta  e seis anos tem este livro, ele faz parte da segunda edição do maior romance de Jorge Amado, "Dona Flor e seus dois maridos", cuja primeira edição foi publicada em 1966. Foi andando pelos sebos de Natal que consegui encontrar esta pérola. O livro apresenta-se em bom estado de conservação. O histórico me diz que seu primeiro dono foi  Clodoaldo de Carvalho, e a aquisição se deu em Natal no dia 29 de setembro de 1967.
Fico imaginando quantas pessoas pegaram neste livro, o leram, folhearam, e destas, quantas ainda estarão vivas? São perguntas que não poderei ter respostas, mas fascina-me saber que foram precisos quarenta e seis anos para eu tê-lo em minhas mãos.
Neste final de ano, estou aproveitando e relendo "Dona Flor e seus dois maridos",  neste livro que tem quase a minha idade. Ele há de me mostrar uma nova leitura daquela que eu fiz na minha juventude. Os livros, os bons livros tem sempre esta magia.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

GRAMÁTICA COM POESIA

Sem você eu sou apenas uma FRASE.
Com você conjugo viver, amar, existir...
Torno-me ORAÇÃO.

Francisco Martins
10.12.13

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO - A DEDADA



Num tempo não muito distante, num povoado chamado Timbó, interior de Nísia Floresta-RN, estava sendo realizada naquela noite o encerramento da Quaresma, com a tradicional procissão da Cruz.
O povo acompanhava Roberto (nome fictício para nosso personagem) que com orgulho e devoção levava nas mãos aquela cruz grande, enquanto atrás de si, os fiéis entoavam cânticos de louvores, com lanternas de velas. A noite não tinha lua e tudo que se podia ver estava sendo iluminado pela pouca luz das lanternas.
Mulheres e meninos eram a maioria naquele grupo, e como é de se esperar, onde há meninos é provável acontecer estripulias. E aqui não foi diferente.
Roberto, jovem maduro, delicado, solteiro por vocação, que não gostava de andar se esfregando nas moças, de repente sentiu que alguém lhe deu uma dedada. Aquilo tinha sido um absurdo! Como alguém teve a audácia de fazer algo tão baixo com ele? Principalmente num momento tão sacro, como a Via-Crucis, em plena Quaresma. Onde estava o respeito?
Ele não deixou aquilo barato. Parou a procissão e gritou: __Quem foi o filho de uma égua que deu uma dedada em mim? Perguntou.
Silêncio total. As velhinhas abismadas com tamanha revelação. Os meninos segurando-se para não estourarem na gargalhada. E Roberto, bufando, segurando a cruz e exigindo que o autor daquela dedada se pronunciasse. Nada conseguiu, restou-lhe tão somente pegar a cruz pelo pé e girá-la ao redor de si, ao mesmo tempo em que gritava: __No rabo de Beto ninguém dá dedada e fica sem levar porrada.
Pense numa cena hilariante. Velhas correndo para todos os lados, crianças passando por baixos das cercas de arame e a devoção toda por água abaixo.

sábado, 30 de novembro de 2013

DITADOS POPULARES NA ARTE DE MATHEUS BONBEM


 
Matheus Bonbem















O Artista Matheus Bonbem  está trabalhando na produção de desenhos para Mané Beradeiro, que traduzam em imagens os ditados populares. Os desenhos farão parte de souvenirs e também irão compor uma nova edição sobre os ditados populares e as citações bíblicas. Estes acima são apenas uma parte do conjunto. Como sempre, as artes de Matheus tem um traço de humor, sem deixar de passar a seriedade da mensagem central.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

MANÉ BERADEIRO ABRE A MANHÃ DO ENCONTRO MUNICIPAL DO PNAIC EM NATAL

Às 8 horas da manhã deste sábado, Mané Beradeiro irá fazer a abertura do último encontro de 2013, com os professores do PNAIC - Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa, que reúne professores da rede municipal de Natal.  O local será no Centro Municipal de Referência Aluísio Alves -CEMURE.

CAFETERIA LITERÁRIA DA ESCOLA ROOSEVELT EM PARNAMIRIM

A Escola Estadual Presidente Roosevelt, em Parnamirim-RN realiza há seis anos, o projeto Cafeteria Literária, com os alunos do Ensino Médio. É uma forma didática  que envolve todos os alunos  que estudam a literatura ao longo do ano, fazendo várias apresentações artísticas que envolve trabalho de pesquisa e estudo, quando são apresentados à comunidade  escolar com o nome de cafeteria. Quando chega o final do ano letivo, há um grande evento de culminância deste projeto. Hoje, pela manhã, tive a oportunidade de conhecer a Cafeteria Literária, um tesouro incomensurável  da Escola Presidente Roosevelt.